quinta-feira, 29 de abril de 2010

Sabes

Sabes que não sou,
Compatível a ti,
Sabes que não sou,
Aquele que ri porque ri.

Sabes bem,
De tão mal saberes,
Sabes tão bem,
De tão má seres.

És tão arrogante,
Quando dizes;
Seres a mais elegante.

És tão arrogante,
Quando dizes;
Que sou mais um livro na tua estante.

Eu sei!
Eu vi!
Eu experimentei!
Eu senti!

Sou mais um nome,
Que escreveste e apagaste,
No teu livro de sonhos,
Vou ser mais do que imaginaste.


quarta-feira, 28 de abril de 2010

Somente Só

Sinto nos pulsos,
Uns soluços,
Que me dizem ser pulsação,
Sinto em meu pescoço,
Batimentos de um coração.

Um coração que aqui terá passado,
E sua dor me terá deixado,
Sinto-o bastante inchado.
Já o médico dizia…
que sou mais um inflamado.

Um doente do Mundo,
Que já está bem lá no fundo,
Quase a terminar.
Á espera que o médico me diga,
Que é só mais uma dor de amar.

De amar sem ter Estação,
De amar sem coração,
De amar só por amar,
De amar a Solidão.

Só, somente.
Só a solidão me mente,
Quando diz não querer habitar,
no corpo de minha gente.


terça-feira, 27 de abril de 2010

Não fui Eu

De um espelho me faço,
De um retrato eu sou,
Já vou ao espaço,
De quem por mim lutou.

Se tudo brilhasse no escuro,
Eras tu o ser do bem,
Eu seria o ser mais puro,
E tu o ser de ninguém.

Quem é quem?
Que te faz bem!?
Pois não é ninguém,
Se ninguém o é,
Devias tu não ser,
Um dia vais perceber,
O que te dou a aprender.
Pensas que a razão de ter por ter,
Não tem razão de ser.
Então reflecte,
Nada se repete,
A não ser tu em mim,
A seres tu o bem
E eu o ruim.
Vê que ninguém te faz bem.
Por seres daqui ou de além
Quem te diz ser ninguém!?
Quem faz por ti o mal,
Só para ver o bem!?
Pensa que tudo vem,
Que ninguém fica sem
o que tem.
Não é palavra de quem,
Que só por si vem,
Não é ninguém,
Que faz por ti o bem.

Não sou!?
Não sou Eu quem por ti lutou?!
Pensa!
Pensa no que realmente se passou.


segunda-feira, 26 de abril de 2010

Sê Tu! Multiplica a tua Divisão!

Consegui abrir porta,
Mesmo com a chave torta,
E a fechadura morta.

Entrei,
E assim fiquei.
Sem saber,
O que iria ver.
Esperei,
Até ter,
A razão de tudo ser.

Pintava nas paredes,
Um desenho de quem dança,
Sentindo que já me cansa,
O facto de me fazer criança.

Na cadeira me sentei,
Para falar com o tal Rei,
Que em mim julgava,
Tudo o que não gostava.

Já se fazia tempo
De aprender;
A ler e a escrever.
A subtrair e a somar.
Para um dia alguém me ensinar,
o valor de dividir e multiplicar.

O tempo passou...
E esse dia chegou,
E foi ele que ensinou;
Que nem somado,
nem subtraído.
Prefiro ser multiplicado
do que dividido.


sábado, 24 de abril de 2010

Mãos em Reflexão

Avisei teu aviso,
Para não se rir do meu sorriso,
Que amanhã pode ser preciso,
Teres-me a mim como motivo.
Pensa bem antes do juízo,
Antes de pisares o que eu piso.

Se gostas de o mostrar,
Encontra-me a deitar,
Meu ódio na almofada.
O teu ego não vai saber de nada.
Esconde-te na trincheira,
Onde te refugiaste a vida inteira.
Segreda o teu Eu,
Não faças do teu modo o meu.
Cai em ti.
Pensa no que era teu.
Que eu já sou quem não queria ser ontem.

Tenta encontrar no chão os pedaços,
Dos meus abraços,
Que fizeram de nossos dias,
Estes dias escassos.


sexta-feira, 23 de abril de 2010

Extinguiu

Um dia olhei para a verdade,
Disse-me que era a mentira.
Disse-lhe que a sua arma não tinha mira,
e que minha mágoa ainda respira.
Quis saber porque a todos mentia!?
E no Homem o que pretendia!?
Enquanto a interrogava,
Ela para meu olho esquerdo olhava,
Dizendo que de mim extraía,
Mais que uma simples alegria.
Eu sem entender,
e com medo de me perder,
Fui atrás sem ceder.
Mas a noite já se fazia dia.
E o sol já sucumbia,
Naquela manhã fria.

Entre passos fui andado,
E por chegar fui chegando.
Até que realmente cheguei ,
E minha cabeça levantei,
Para ver escrito na porta:
Volte em outra hora.
Virei costas e fui embora.

Ao chegar ao Mundo da verdade.
Calquei sem querer a falsidade.
Deparo-me com a mentira!
Seu sorriso a brilhar como safira.
Perguntei-lhe o que ali fazia.
Ela engasgada me respondia:
Fui só dar conta de mais um dia.


quinta-feira, 22 de abril de 2010

Sem ti Senti

Ao pedir-te um abraço,
Sem ti nos braços,
pensei que ias dar,
Mais um dos teus laços.

Laços teatrais,
não te sinto quando cais.
Nem me ajudas a levantar.
Já parti por ti,
só para te ver chegar.

E tu chegaste,
Aonde eu não cheguei.
Agora sem ti,
Sou mais do que imaginei.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Seres na Confiança

Passa alguém por mim que me diz:
Olha um bicho de seda!
Ainda é aprendiz!
Ainda vais ser borboleta,
Deixar de querer ser poeta;
E voar como uma perdiz.
Tens muito que aprender,
Muitas árvores para subir,
Muita folha para comer,
Muita dor para sentir.

É aqui que saio,
Pela porta de entrada,
Tento ver que sou mais que nada,
E a pessoa menos que eu.
Dizer-lhe que oiço conselhos,
Mas não o seu.
Então vou continuar a escrever,
Sem ter que ter,
A obrigação de um Ser normal ser.


Escada Rolante

Fiquei parado na escada,
Enquanto ela rolava…
Via meio Mundo passar,
Via o fim a chegar...
E a minha decisão por tomar.

Foi aí que eu pensei que pensar,
Me metia louco.
Eu a pensar que pensar era pouco…
Aí descobri, que...
a minha moeda também tinha troco.


Era uma vez..

Olá a todos!

Decidi criar este blogue com intenção de vos mostrar alguns poemas meus, algumas frases e também alguns pensamentos.
Espero que gostem do que vão ler, o objectivo é que cada poema que faça, encaixe, num dia, num sentimento, numa vivência vossa.
Boa Leitura a vocês todos.

Obrigado :)