quarta-feira, 21 de abril de 2010

Seres na Confiança

Passa alguém por mim que me diz:
Olha um bicho de seda!
Ainda é aprendiz!
Ainda vais ser borboleta,
Deixar de querer ser poeta;
E voar como uma perdiz.
Tens muito que aprender,
Muitas árvores para subir,
Muita folha para comer,
Muita dor para sentir.

É aqui que saio,
Pela porta de entrada,
Tento ver que sou mais que nada,
E a pessoa menos que eu.
Dizer-lhe que oiço conselhos,
Mas não o seu.
Então vou continuar a escrever,
Sem ter que ter,
A obrigação de um Ser normal ser.


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